Eu gosto muito de filmes clássicos. Só que, assim como os brechós, eles necessitam de muita disposição. Além disso, um estado de espírito preparado para diálogos mais consistentes e inteligentes. Quando assisto a um longa-metragem antigo, sempre fico com a sensação de que o cinema já não é mais o mesmo. Mas é só impressão… Tem muita coisa boa aí!
A pendência 30 foi assistir ao The Godfather, de Ford Coppola. O filme, adaptado do livro homônimo de Mario Puzo, oferece um panorama do crime organizado em meados da década de 40 e 50, em Nova York. E tem toda aquela coisa do filho bonzinho, que cresce dizendo que não vai ser igual ao pai, mas que, no fundo, é o único suficientemente forte para assumir os “negócios” da família.
Assim é com Michael Corleone, filho caçula de Don Vito Corleone. Enquanto o pai se recupera de um atentado em que levou cinco tiros nas costas, Michael encara a situação para lidar com os supostos assassinos. E a história se desenrola aí.
Se você ainda não assistiu e não costuma se confundir com tantos nomes, vai entender tudo lendo aqui.
Gostei bastante e já estou ansiosa pelos outros dois. Tirando sua áurea violenta, o filme é um bom exemplo para se tratar de assuntos como liderança, confiança e estratégia. Sem contar as atuações fantásticas. Recomendo!
E só pra dar um gostinho:
“Michael: Estou trabalhando para o meu pai agora. Ele está doente, muito doente.
Kay: Mas você não é como ele. Disse que nunca seria como seu pai.
Michael: Meu pai não é diferente de nenhum outro homem poderoso. Um homem que seja responsável por outras pessoas. Como um senador ou presidente.
Kay: Como você é ingênuo.
Michael: Por quê?
Kay: Eles não matam pessoas.
Michal: Ow… Quem está sendo ingênuo, Kay?”