Eu era criança quando li em um livro – o qual não lembro o título – algo que mudou o curso de muitas coisas na minha vida daquele período em diante. Se não me falha a memória, o personagem principal era um jornalista que investigava a morte de Chico Mendes, no Acre. Na cena mais memorável, ele havia utilizado suas habilidades adquiridas num curso de garçom para descobrir algumas informações durante um jantar. O fato em si não seria tão relevante se ele não tivesse completado a narrativa com a ideia de que devemos ter ao menos um ofício na vida, mesmo que tenhamos uma graduação com diploma, pois está no ofício a garantia de que jamais morreremos de fome.
Categoria: Faça você mesmo
Artesanato com rolhas de espumante: a despedida
Quem vê um trabalho artesanal pronto nem sempre tem ideia da quantidade de material envolvida em seu processo de produção. Tinta dali, pincel de cá, cola de lá, potes e mais potes acolá… Se a gente não se policia, fica logo com a casa digna de um episódio de “Acumuladores”.
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365 dias fazendo algo
A ideia deste post nasceu semana passada, durante minha rotineira vasculhada na internet, essa linda. É que o Hypeness, site ótimo de inovação e criatividade, publicou um texto sobre a saga do músico e artista Brock Davis, que em 2009 se propôs a criar algo novo todos os dias, pelo período de um ano.
Fiz uma retrospectiva mental e me lembrei do tanto de projetos do mesmo tipo que existem por aí. Eu acho o máximo! Adoro listas de 365, 501, 1001… Até já tive a minha de 31. 🙂
O fato é que isso tem muito a dizer e a ensinar sobre criatividade. Embora possa ser um dom nato, característica de pessoas que em um estalo já estão cheia de boas ideias, a gente sabe que criatividade é algo que pode e deve ser diariamente estimulado em nós.
As listas de tarefas são apenas algumas das formas de fazer com que o cérebro se programe pra isso. Veja o tanto de exemplos:
Julie & Julia
Você se lembra de Julie&Julia? Baseado em fatos reais, o filme conta a história de Julie Powel, que, frustrada com a própria vida, encontra uma saída na culinária e se propõe a cozinhar as 524 receitas de um dos livros da apresentadora de TV Julia Child. Para registrar o desafio, Julie cria um blog e passa a postar diariamente.
Muito legal. Em 365 dias e com 365 dólares, Marisa Lynch tem o desafio de transformar roupas de brechó em peças mais parecidas com ela. O projeto foi desenvolvido em 2010, se não me engano, mas a moça tomou gosto pela coisa e continua reformando peças até hoje.
Um dos meus blogs de moda favorito. Tem como autora a publicitária e fashionista Joanna Moura, que em determinado momento de sua vida percebeu que a conta bancária estava no vermelho por causa do armário cheio. Joanna juntou uma coisa com a outra e passou um ano só administrando aquilo que tinha no armário. Foi muito bacana porque também tem muito do trabalho de consultoria de estilo ali.
O mais inspirador, poeticamente falando. Copiando do perfil: em 2011, Elisa Mendes e Steffania Albanez fizeram, todos os dias, algo que nunca tinham feito antes. O registro dessas experiências foi publicado diariamente. Descobri o blog no início da saga e coloquei logo no meu Reader, na época. E o mais bacana era perceber que fazer algo que a gente nunca fez não é nem um pouco difícil. Só ter mente e coração abertos.
Parece tão simples, né?! E é mesmo. Basta ter alguma ideia em mente, um pouco de disciplina e… Começar!
…
E agora me conta uma coisa, se você tivesse que escolher algo pra fazer em 365 dias, o que seria?
Com açúcar, com afeto…
Namorando ou não, eu sempre gosto de 12 de junho. Primeiro porque os dias costumam ser lindos, já que são dias de outono. Segundo, porque a gente sempre vê os casais fazendo um esforço pra passarem algum tempo juntos. E não me venha com essa de que é coisa de mulherzinha porque comigo isso não cola. Há muitos homens lindos e românticos por aí que também gostam de celebrar o amor. Eu tenho um desses 🙂
Assim, Fabio e eu só não temos essa coisa de trocar presentes em datas especiais. Nosso estilo é: vi-lembrei-tinha grana-comprei. E assim a gente aproveita o Dia dos Namorados pra agradecer pela presença um do outro, mesmo.
Mas eu sei que nem todo mundo é assim. E sei que a vida anda corrida também. Por isso, se você ainda não teve tempo de comprar o presente do seu par ou comprou algo que está impessoal demais, pedindo um complemento, meu conselho é: passe na papelaria e na loja de utensílios domésticos mais próxima, compre uma caneta de tinta permanente e uma xícara de porcelana lisa e… Solte a imaginação!
Que nem no tutorial abaixo (dispensando a tinta pra porcelana, já que funciona só com a caneta):
Imagem do blog Tortoise and the Hare.
E boa quarta pra você! 😉
Nada se perde…
Começo a semana feliz com tanto carinho e apoio com a coluna da Em Minas. É empolgação demais!
Semana de muito trabalho, reuniões densas e limpeza de desktop (que sempre rende uma surpresinha).
Estou lançando a série: os esquecidos. Um monte de passo a passo fotografado e não postado, de crônica pela metade e de projeto interminado. Eu e as pendências que nunca se acabam.
A parte boa é que já tô dando jeito nisso… E pra começo de conversa, dá uma olhadinha na garrafa de polpa de suco que virou porta-flor-de-plástico. Tá lá no meu banheiro de azulejo antigo. 🙂
o #comofaz mais simples que existe, com tinta pra artesanato.
e a inspiração pra quando eu tiver uma varanda (via Pinterest)…
Bora animar e fazer o seu também?
Presente pra mãe – vai que dá tempo de fazer! (2)
Toda mãe gosta de porta-retrato pra colocar foto dos filhos, certo?! Então que o projeto de hoje é uma forma um pouquinho diferente de dar esse presente pra sua mãe. Moldura + tinta em spray amarela + foto menos convencional (com espaço pra escrever recadinho).
Assim, sua mãe pode colocar no escritório, no aparador da sala e até naquela parede cheia de quadrinhos legais.
No mais, a gente sabe que o mais importante é dar aquele braço e aproveitar cada minutinho do domingo ao lado dela, né não?!
Pras mamães que visitam o blog, um domingo cheio de carinho e de sorriso dos filhotes!
Até semana que vem!
Presente pra mãe – vai que dá tempo de fazer! (1)
Faltam poucos dias para o domingo dela. E pra quem não gostou da listinha abaixo, mas continua resistindo aos presentes clichês de todos os anos, um rápido passo a passo de lembrança singela e cheirosa: a velinha perfumada.
Todo mundo vai sair ganhando. A gente, com a diversão do trabalho, as mães, com a nossa dedicação fofa, e o meio ambiente, com a reutilização de um potinho de vidro que vem com requeijão dentro (patê também pode).
De material, é preciso:
Pote de vidro; tira de renda e cola branca; velas; óleo aromático concentrado (pêssego e maracujá, no caso) e barbante pro pavio.
Com um pincel, a gente espalha a cola branca na embalagem de vidro e vai colando a tira de renda. Com um pregador de roupas (esqueci a foto), prende o barbante sobre a superfície do copo pra não cair. Em seguida, derrete as velas em banho-maria, coloca algumas gotas de óleo e derrama no potinho. Depois é só esperar endurecer.
E assim a gente tem enfeite pra mãe colocar onde quiser!
Curtiu?! Ah, espero que sim… 😉
Tá chegando… Tá chegando o dia delas!
A minha é, a sua é e todas as outras são. Mãe é tudo ser encantado! Esqueça os elfos, duendes, gnomos e afins. Quem tem mãe, ou alguém que é quase como, tem tudo isso.
Porque desde quando bebê, a gente aprende a reconhecê-la pelo cheiro. Ela entende cada chorinho nosso (mesmo quando se tem 28), sabe do que a gente gosta e está sempre ali, pra vibrar ou sofrer junto. Porque ela tem o poder de prever algumas coisas e depois soltar um: “eu te avisei” e porque ela fala que a dor vai passar mesmo quando a gente acha que não vai. E passa! Porque o abraço dela tem o poder mais terapêutico do mundo e porque existem infinitos motivos. Não adianta: o lugar onde ela está vai sempre ter mais magia.
Eu moro há 10 anos longe da minha. E sinto saudade todos os dias. Apesar da aversão que as duas têm por telefone e da dela por internet, a gente se comunica de todo jeito. Eu até diria que há mais conexões entre mãe e filho do que diz a nossa vã… Bem, você entende!
Meus dois irmãos, mais calculistas e objetivos, saíram feito meu pai, completando o trio de engenheiros da casa. Já eu, gerada com a responsabilidade de primeira companhia, herdei da mãe a sensibilidade, a paixão por coisas antigas e, principalmente, o amor pelo faça você mesmo e por qualquer tipo de atividade manual. Olha só quanta coisa linda ela já fez:
A colcha de crochê de quadradinhos coloridos, feita com sobras de lã; a luminária de tubo de PVC decorado com filtro de café e tinta colorida; a sacola de feira que virou sacola de praia com as aplicações dela e os cachecóis mais quentinhos pro frio. E mais um monte de coisas, além dos famosos cortes que ela faz no meu cabelo. Vide foto ao lado. 🙂
E é assim, admirando o que ela faz, que eu a sinto presente em cada projetinho que concluo. Apesar de morar um pouquinho longe e de saber que ela provavelmente só vai ler este post lá por setembro, ela sabe que é uma grande referência em minha vida e que eu a amo mesmo quando a gente discute a relação. Ainda bem que eu a escolhi! Essa vida não seria tão linda se eu tivesse tido outra mãe.
E esse clima de Dia das Mães ainda dura até a data. Tenho umas cartinhas na manga que só quem acompanhar vai ver, rs!
Beijo pra minha fadinha :*
Não, a gente não precisa!
Da série: grandes soluções para pequenos (ou inexistentes) problemas.
“Ou, a gente precisa comprar uma garrafa de água pra geladeira!”
Sim, a gente precisa. Mas talvez não. Talvez a gente precise de uma solução urgente. Uma garrafa com dois dedos de vinho não tomados, uma rolha bonita de lembrança do estrangeiro, um papel contact branco pra cortar e fazer passarinho.
Detergente neutro pra tirar qualquer cheiro/gosto, secador de cabelo pra tirar rótulo, óleo de cozinha, por trinta minutos, pra tirar o restinho da cola do vidro. Molde, tesoura e pronto!
Agora a gente precisa mais. Talvez de quem encha sempre a garrafa…
Faltam 11 dias…
Para o feriado mais doce do ano. Digo doce não apenas pelos chocolates, mas por tudo o que a Páscoa representa em si.
Todos os anos, o ritual é o mesmo. Presenciamos mil intérpretes encenando a crucificação e morte de Jesus para, dois dias depois, celebrarmos sua ressurreição. Para alguns, a data é apenas pretexto de formiguinha. Para muitos, é oportunidade de introspecção e reflexão.
Crenças religiosas à parte, a gente sabe que o mais importante são os exemplos de bondade, doação e perdão dos quais somos lembrados todos os anos. Páscoa, portanto, é um dos momentos mais oportunos para renovarmos os votos de perdão e amor incondicional ao próximo, concorda?!
E a gente já demonstra amor com chocolate, mas também pode demonstrar com símbolos delicados e fáceis de fazer. A interneta está cheia deles, ó:
moldura antiga pintada com tinta em spray + papel craft ou tecido + molde de coelhinho
coelhinhos de gesso ou de plástico + tinta em spray dourada + arame
cascas quebradas de ovo + velas derretidas + corante artificial
E assim a gente tem ideias de presentes não tão convencionais…
Um doce pra quem adivinhar de onde são as imagens… =)