Quando alguém me pergunta se o Dona Drama é um blog de moda, minha resposta é sempre a mesma: “Ééééé… Hum… Ham… É um blog de várias coisas!”.
Hoje, o primeiro post fez dois anos. Quando criei a página, o objetivo realmente era priorizar moda e estilo. Mas muita coisa aconteceu de lá pra cá, como é comum na vida de qualquer pessoa. Há uns dois meses, estive em um seminário sobre como utilizar uma fan page para divulgar blogs. E o primeiro tópico abordou a questão de que todo blog precisa ter uma missão, uma identidade. Se for de variedades, isso deve ser deixado claro por quem o faz.
As pendências me ajudaram muito nesse sentido. Quem tem costume de ler meus textos provavelmente já notou que o blog fala muito mais de economia que de consumo. Até porque, páginas sobre o segundo tema não faltam por aí.
Tudo que escrevo acaba sendo um reflexo do tipo de vida que levo. Divido apartamento com mais três meninas, trabalho oito horas por dia, enfrento trânsito, tento manter minha saúde com academia e uma alimentação que nem sempre é das mais saudáveis. Estudo o tanto que posso porque eu gosto (de verdade) e porque sei que as coisas não são fáceis.
Como a maioria das pessoas que estão construindo uma carreira, passo por muitos momentos de instabilidade e de falta de grana. Sempre quis e busquei minha independência, em todos os sentidos, o que inclui muita liberdade e autonomia, mas também muitos perrengues com que arcar.
E eu já me virei demais nos 30 pra não perder a diversão. A grana era curta pra academia? Bora caminhar na Praça da Liberdade. A grana era curta pro salão? Bora fazer as unhas. A grana era curta pro restaurante? Bora organizar um jantarzinho em casa. A grana era curta pra Tok Stok? Bora aprender a fazer com as próprias mãos.
No fundo, o que vale é a criatividade, o bom humor e a habilidade com que enfrentamos as situações. Hoje, depois de muito trabalho e dedicação, as coisas estão melhores. Ainda assim, tento manter a mesma postura. Melhor que ter dinheiro pra gastar com o que a gente tem vontade, é a opção de dizer “não” diante de tantas ofertas e de burlar as licenças psicológicas que vamos nos dando sem perceber. E em vez de “eu trabalho muito, por isso mereço”, eu procuro dizer “eu trabalho muito, e é por isso que meu dinheiro não merece ser trocado por algo de que não preciso”. Não há nada mais libertador que isso.
Ao mesmo tempo, descobri que para ser uma pessoa capaz de me relacionar bem com outras pessoas, de qualquer classe social, o bem mais valioso de que dispomos não é dinheiro, mas informação e conhecimento. E já que conhecimento é dádiva, não faz sentido guardá-lo só pra mim. E por isso eu invisto meu tempo e minha energia registrando meus pequenos feitos aqui.
“Se uma árvore cai no meio da floresta sem ninguém para ouvir algum ruído, ela fez barulho na queda ou não?”
#cheirodecaféfresquinho
Outro dia, um amigo deu essa característica para o blog. Fiquei muito satisfeita porque cheiro de café é uma das coisas que me deixam gratuitamente feliz. Soa a aconchego, àquele momento leve e prazeroso do dia, o do cafezinho.
E é essa sensação que eu quero despertar em quem passa por aqui. Que você se sinta na sala de casa, tomando seu café e lendo algo que vá deixá-lo(a) se sentindo útil. Que você não se intimide com marcas caras nem com viagens impossíveis. Que você reconheça suas vontades e seus sonhos em cada projetinho e palavra que vir aqui.
E que, assim como eu, você também descubra:
Que economia o(a) instiga, que negócios o(a) agradam, que imagem o(a) fascina, que música o(a) entusiasma, que cinema o(a) inspira, que literatura o(a) distrai, que design o(a) envolve, que moda o(a) encanta, que arte o(a) motiva e que, quem sabe, escrever o(a) alivia.
Então… Missão: inspirar, aprender e ensinar. Cumprida!