Há uns meses, minha mãe fez a divisão de quem ficaria com o quê da “herança” de meu avô. Quando ela me entregou as coisas que tinha guardado pra mim, foi inevitável me lembrar da Amélie descobrindo a caixinha de recordações do Sr. Bretodeau no banheiro.
Se você não se lembra ou não viu o filme, segue a cena.
E vem na memória um pouco do que ele era. O lápis de marceneiro da Johann Faber (antes de mudar o nome pra Faber Castell); um kit de ferramentas chave de fenda e philips; duas das inseparáveis lupas de bolso, tão companheiras quanto a carteira; uma régua de números e um monóculo sem lente, com um retratinho dele nos anos 70, quando usava mapas ao se guiar por São Paulo, onde trabalhou por um tempo.
A saudade faz abrir a caixinha. E faz perceber o quanto a gente carrega influências e trejeitos que nem sabe que carrega.
Alguém me apresenta ao Google Mapas? Rs.
…
No final, importa mesmo é a poesia que a gente vai deixar na caixinha. Já pensou nisso?!
Que lindo, Ana.